O que é a Febre Oropouche? Como é transmitida? Como tratar?
Descubra o que é a febre Oropouche, como é transmitida, quais sintomas pode causar e como se proteger dessa arbovirose que tem se espalhado pelo país.
Por Mantecorp Saúde
12/09/2024 - Última atualização: 12/09/2024
Detectada inicialmente na década de 1960, a febre Oropouche é uma doença viral típica da região amazônica. A causa é o arbovírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), um patógeno que pode infectar animais silvestres e seres humanos, nos quais provoca sintomas similares aos da dengue. 1
Após sua descoberta, ocorreram casos isolados e pequenos surtos no norte do país, bem como em vários países da América Latina. Recentemente, em 2024, houve uma expansão no serviço de detecção do OROV no Brasil, o que resultou em um aumento no número de diagnósticos. 2
Desde então, confirmações de casos atingiram todas as regiões do país. Consequentemente, o nível de alerta e de preocupação também subiu. Para ajudar você a se cuidar, esse post traz um guia básico de informações sobre a febre Oropouche, no qual pode ficar por dentro dos sintomas, tratamentos e métodos de prevenção mais indicados. 2
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Resumo:
- A febre Oropouche é uma arbovirose comum na região amazônica causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense. Em 2024, houve um aumento no número de casos da doença no Brasil, com notificações em todas as regiões do país. 3
- Os sintomas da febre Oropouche são parecidos com os de outras arboviroses, como a dengue, e incluem: dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, náusea e diarreia; 4
- O principal transmissor do vírus OROV, causador da febre Oropouche, é o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. 3
- Não há tratamento antiviral específico para a febre Oropouche. Os cuidados recomendados envolvem repouso, hidratação e medicação para alívio dos sintomas. 3 4
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O que é a febre Oropouche?
A febre Oropouche (também chamada de Febre do Oropouche ou FO) é uma doença causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV). É classificada como uma arbovirose, pois, assim como a dengue, é transmitida principalmente por meio da picada de artrópodes hematófagos, ou seja, de mosquitos que se alimentam do sangue de animais e pessoas. 3
Típico de regiões com clima quente e úmido acima da média, o OROV foi isolado pela primeira vez em 1955, em Trinidade e Tobago. Cerca de cinco anos depois, em 1960, houve a primeira detecção do patógeno no Brasil, no sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília. 3
A maioria dos casos afeta estados do Norte e Nordeste do Brasil, localizados na região Amazônica. Porém, conforme mencionado, mudanças no sistema de detecção confirmaram que o vírus infectou pessoas de outras regiões, até mesmo no Sul. 1 2
Além disso, há relatos de FO em outros países latinos, tais como Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Venezuela e Peru. 3
Quais são os sintomas da febre Oropouche?
Tal como a dengue, zika e chikungunya, a febre Oropouche pode causar quadros agudos com febre alta, de início repentino, dor de cabeça e dor no corpo, tanto nos músculos (mialgia) quanto nas articulações (artralgia).
Além desses, pode ocorrer tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia (sensibilidade a luz), náuseas e vômitos. 4
O mal-estar dura entre dois e sete dias. Porém, cerca de 60% dos pacientes podem apresentar um ou mais sintomas de maneira recorrente por até duas semanas. A boa notícia é que, mesmo nos casos mais graves, a evolução tende a ser benigna e não deixar sequelas. 4
Por outro lado, é preocupante quando uma gestante é infectada pelo vírus. Nesse cenário, a transmissão vertical, da mãe para o bebê, pode afetar o desenvolvimento do feto. Consequentemente, há risco de má-formação ou aborto, dependendo do caso.
Leia também: Sintomas de dengue: como diagnosticar e tratar cada quadro?
Qual mosquito transmite a febre Oropouche?
Fonte: Instituto Butantan (https://butantan.gov.br/noticias/febre-oropouche-entenda-a-doenca-e-os-possiveis-motivos-para-ela-se-espalhar-pelo-brasil?utm_source=linkedin&utm_medium=social&utm_campaign=site-febre&utm_term=mosquito-oropouche&utm_content=site-febre-oropouche)
O principal vetor de transmissão da febre Oropouche é o mosquito-pólvora, também conhecido como maruim ou pelo nome científico Culicoides paraenses. 1
Esse é um tipo de pernilongo artrópode pequeno e de corpo marrom. Normalmente, vive em áreas quentes e úmidas, especialmente próximas à matéria orgânica em decomposição. Por esse motivo, áreas adjacentes à mata silvestre na floresta amazônica são o seu principal habitat, apesar que também vive em certos ambientes urbanos. 1
É importante destacar ainda que existem outros vetores para a FO. Em geral, há dois ciclos de transmissão do OROV 3:
- ciclo silvestre: ocorre quando os principais hospedeiros são animais silvestres em áreas de floresta, principalmente preguiças e macacos. Além do Culicoides paraenses, outros mosquitos podem transmitir o vírus nesse ciclo, inclusive o Coquiletti diavenezuelensis e o Aedes serratus. 3
- ciclo urbano: típico de áreas urbanas, ocorre quando os humanos servem de hospedeiro principal ao vírus. Conforme explicado, o maruim é o vetor mais comum do vírus. Além dele, a muriçoca, Culex quinquefasciatus, pode agir como transmissor ocasional. 3
O que fazer se suspeitar de febre Oropouche?
Ao perceber os sintomas, é importante procurar uma unidade básica de saúde para obter tratamento. Se houver casos suspeitos na sua região ou se retornou de viagem para uma região com maior incidência de febre Oropouche, recomenda-se informar à saúde pública sobre o potencial de exposição à doença. 3
Como diagnosticar a febre Oropouche?
A infecção por OROV é detectada em exames de RT-PCR, entre dois e cinco dias após início do quadro agudo. Como os sintomas são similares aos da dengue e da chikungunya, a investigação laboratorial é importante para auxiliar na vigilância e controle de epidemias. 1
Como prevenir a febre Oropouche?
Em geral, você pode tentar prevenir a febre Oropouche ao evitar áreas com alta concentração de mosquitos. Se optar por visitar essas regiões mesmo assim, certifique-se de usar repelentes e cobrir o máximo do corpo que puder. 1
Simultaneamente, vale observar que os vetores de transmissão do OROV se proliferam onde há água parada e matéria orgânica em decomposição. Portanto, assim como no combate à dengue e ao Aedes aegypti, é importante eliminar potenciais criadouros. 1
Qual o tratamento para a febre Oropouche?
Como não há tratamento viral específico, os principais cuidados incluem reposição de fluidos, resguardo e remédios para dor e febre. 1
Você deve beber bastante água para minimizar o risco de desidratação, comum em infecções virais febris. Já o repouso ajuda a preservar as energias e evitar a sobrecarga no organismo. 1
Em relação aos medicamentos indicados, pode usar antitérmicos para baixar a febre e analgésicos para aliviar a dor. Entre os fármacos indicados, estão a dipirona e o paracetamol. 1
Assim como ocorre na dengue, é contraindicado o uso de salicilatos, corticoides e anti-inflamatórios não-esteroides. Desse modo, para evitar manifestações hemorrágicas, é recomendado evitar 1:
- ácido acetilsalicílico (AAS);
- ácido salicílico;
- ibuprofeno;
- diclofenaco;
- diflunisal;
- salicilato de sódio;
- prednisona;
- prednisolona;
- hidrocortisona.
Até o momento dessa publicação, em julho de 2024, não existe vacina para febre Oropouche. 3
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