Dor – Uma condição antiga nos dias atuais
A renomada sociedade científica internacional que promove pesquisa, educação e políticas para a compreensão, a prevenção e o tratamento da dor, International Association for the Study of Pain (IASP), revisou em 2020, após 4 décadas, o conceito de dor: “Uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela oriunda de uma lesão tecidual real ou potencial”.
Por Mantecorp Saúde
15/07/2024 - Última atualização: 15/07/2024
A renomada sociedade científica internacional que promove pesquisa, educação e políticas para a compreensão, a prevenção e o tratamento da dor, International Association for the Study of Pain (IASP), revisou em 2020, após 4 décadas, o conceito de dor: “Uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela oriunda de uma lesão tecidual real ou potencial”.
Ainda segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, um ponto relevante é que a incidência da dor é completamente democrática. As evidências mostram que a dor pode atingir tantos os idosos quanto os jovens e as crianças. Quando ela é aguda, a dor se torna um sinal de alerta, ou seja, ela diz que alguma coisa não vai bem no organismo. Porém, nos casos em que a dor se torna crônica, ela é classificada como uma doença.
Segundo estudo de 2017, 45% dos atendimentos de emergência no Brasil são devido a quadros dolorosos diversos, mostrando que o olhar atento sobre a dor é um fator fundamental para os sistemas de saúde.
A dor aguda se faz mais presente entre pessoas com média de idade de 39,6 anos, e as mulheres são as que mais buscam os pronto-atendimentos (55,3%) para a solução das queixas. Ainda segundo estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, que contou com 2.446 entrevistados do município de São Paulo, com idade superior a 18 anos, 22% das pessoas entrevistadas possuíam dor nos membros inferiores, 21% nas costas e 15% dor na cabeça (Sociedade Brasileira de Clínica Médica, 2024).
Assim, percebe-se que a dor é uma condição antiga, já muito bem estabelecida na sociedade, e que teve a sua primeira definição em 1979. Ao mesmo tempo que o conhecimento sobre a dor existe a tempos, vemos que a incidência desse problema corresponde a quase metade dos atendimentos de emergência no Brasil e que mereceu atenção especial da IASP para redefinir o conceito da Dor (Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, 2024), como uma forma de tentar acompanhar a demanda e os conhecimentos científicos atuais que avançam em velocidade acelerada.
Referências consultadas
- Raja SN. et al. The revised International Association for the Study of Pain definition of pain: concepts, challenges, and compromises. Pain. 2020 Sep 1;161(9):1976-1982. [Acesso em 27/05/2024]. Disponível em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7680716/.
- Rodrigues ISA. et al. Prevalência de dor aguda em pacientes atendidos na unidade de pronto atendimento. Rev. dor 18 (4), Oct-Dec 2017. [Acesso em 27/05/2024]. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdor/a/bcV4vdCH84pPpVrwwrDNC5H/?lang=pt#.
- Sociedade Brasileira para Estudo da Dor. [Acesso em 27/05/2024]. Disponível em: https:// www.sbed.org/lermais_materias.php?cd_materias=601.
- Sociedade Brasileira de Clínica Médica. [Acesso em 27/05/2024]. Disponível em: https://www.sbcm.org.br/v2/index.php/190-noticias-da-saude/1814-sp-1854428781#:~:text=Quanto%20maior%20a%20escolaridade%2C%20menor,é%20de%2033%2C7%25.&text=Há%20grande%20prevalência%20de%20dor,autônomos%20(35%2C7%25).
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